segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ei mãe ... eu estou lhe escrevendo não para dizer que eu ainda a odeio, apenas para perguntar como você se sente e como nós nos sentimos, como isso fica? Você está feliz aí fora neste grande mundo? Você pensa nos seus filhos? Você sente falta da sua garotinha? Quando você deita sua cabeça, como você dorme à noite? Você ao menos se pergunta se nós estamos bem?
Tem sido uma longa e dura estrada sem você do meu lado. Por que não estava você lá todas as noites que nós choramos? Você quebrou o coração do meu pai, você quebrou a vida de suas crianças. Não é bom, mas nós estamos bem.  Eu recordarei os dias onde você era uma heroína em meus olhos, mas aquilo era apenas uma memória perdida. Eu gastei muitos anos aprendendo como sobreviver e agora eu estou escrevendo apenas para você saber que eu ainda estou viva. Os dias que passei tanto frio, com fome, estava cheia de ódio. Eu estava tão irritada, as cicatrizes são profundas dentro deste corpo. Há coisas que eu vou levar para o túmulo, mas eu estou bem. Eu ainda estou viva e às vezes eu perdoo e desta vez eu vou admitir qe sinto sua falta, sinto sua falta...

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